Assim como Frederico Batista, animais são apaixonados pelo gênero e se animam quando ouvem música. Casa tem cômodo especial com acervo com mais de 20 mil itens. O produtor cultural Frederico Batista com os cachorros Dylan, Joplin, Susi e Nina Simone, em Ribeirão Preto (SP) Arquivo pessoal Muito antes de Bob Dylan, um braco alemão de pelo curto preto e branco, chegar à casa do produtor cultural Frederico Batista, o poeta do rock já dominava todos os cômodos do imóvel. Naquela época, The Freewheelin e Desire, dois dos maiores álbuns do astro norte-americano, tocavam em looping na vitrola e o cãozinho parecia gostar. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Não por acaso, Dylan recebeu o nome de um dos maiores ídolos de Frederico. Ele chegou na família em 2011 fazendo festa. Fã de rock, produtor cultural de Ribeirão Preto colocou nome de ídolos nos cães Depois ainda vieram Janis Joplin, Suzi Quattro e Nina Simone. Todos, sem exceção, nomeados a partir de grandes nomes do rock internacional e, obviamente, figuras importantes na vida do produtor cultural. "O Dylan chegou em uma época que eu ouvia muito Bob Dylan, ficava horas e horas ouvindo Bob Dylan, Neil Young. Ele vai fazer 14 anos agora e o nome foi questão de homenagem ao Bob Dylan, mesmo, porque ele [o álbum] não saia do toca discos". Dylan e Joplin são companheiros fieis de Frederico Batista quando o assunto é rock 'n roll Aninha Ramos/Arquivo pessoal À época, uma das músicas favoritas de Frederico era 'Hurricane', do álbum Desire, o favorito do produtor. Filhote, Dylan tinha tanta energia, que, de fato, parecia um furacãozinho pra lá e pra cá pelos cômodos da casa. LEIA TAMBÉM Dia do Rock: Menina autista encontra na música forma de se desenvolver e perder medos A Schnauzer Joplin veio logo em seguida. Ela é filha de uma cadela que Frederico tinha e que deu cria. "Acho que eram cinco filhotinhos e aí, cada filhotinho, a gente colocou o nome de um artista do rock. Não lembro o nome de todos, mas era o Hendrix, homenagem ao Jimi Hendrix, o Guy, que era homenagem ao Buddy Guy, e com a gente ficou a Joplin. Os outros acabaram indo embora". Nina Simone e Joplin têm no acervo de Frederico Batista o espaço favorito da casa, em Ribeirão Preto (SP) Aninha Ramos/Arquivo pessoal Suzi, conta Frederico, chegou em 2005 adotada em uma Organização Não-Governamental (ONG) que cuida de animais abandonados em Ribeirão Preto e Nina Simone, a mais nova integrante do quarteto, se juntou à família após a morte do pai do produtor. "Ela tem dois anos, era do meu pai. Ela ficava na fazenda, e eu fui lá eu adotei, trouxe para Ribeirão. Ninguém sabia qual era o nome dela, apareceu na fazenda e ficava lá". Para Frederico e a mulher, Aninha Ramos, os cães estrelas do rock são como filhos e viver com o quarteto é pura música. "Eles são nossos filhos. Eu tenho um filho de um outro relacionamento, e a gente optou por não ter filhos. Eles são nossos filhos, a gente cuida da nossa família, ama com todo carinho". Suzi Quatro e Janis Joplin costumam sentar ao lado do produtor cultural Frederico Batista para ouvir rock Aninha Ramos/Arquivo pessoal Cães do rock 'n roll Desde que chegaram à casa de Frederico, Dylan, Joplin, Suzi e Nina ouvem muito rock 'n roll com o tutor. E ele garante que cada um deles, à sua maneira, é fã de pelo menos uma música do artista que lhes deu o nome. "A gente está ouvindo música, eles vem em volta do toca discos. Os quatro ficam em volta, ou em volta da gente. Principalmente os mais velhos, onde a gente vai, eles vão atrás. Senta no sofá, deitam do lado, levanta, vão atrás. A gente sente que eles gostam bastante e ficam viajando junto com a gente". O produtor cultural Frederico Batista e a cadela Suzi Quatro Aninha Ramos/Arquivo pessoal Coleção de milhões A paixão de Frederico por rock não se resume aos cães da família e nem ao hábito de ouvir música todo dia. Aos 13 anos, ele ganhou o primeiro vinil, um álbum da banda soteropolitana Camisa de Vênus. Aos 15 passou a colecionar toda e qualquer coisa ligada ao gênero. Hoje, aos 50 anos, Frederico tem uma coleção com mais de 20 mil itens. Só de discos, são 10 mil. (veja no vídeo abaixo) Acervo de produtor cultural em Ribeirão Preto tem mais de 20 mil itens ligados ao rock Para abrigar tanta raridade, ele e a mulher separaram um cômodo na casa onde só entra o que tiver a ver com rock 'n roll. Os cães, claro, tem no espaço o lugar favorito. "Devo estar com cerca de 20 mil itens mais ou menos, entre disco de vinil, CDs, bonecos ligados ao rock, DVDs, posters. Tenho ingressos do show, livros. [O acervo] Fica praticamente 80% localizado em uma sala apenas, que eu chamo sala de música. Tenho muitos aparelhos de som, quadros, tudo ligado a, principalmente, rock clássico". Chutando por baixo e considerando apenas os vinis, Frederico acredita que a coleção deva valer, em média, R$ 2 milhões. "O valor real envolve sentimento. Para você montar uma coleção desse tamanho hoje em dia, fica muito caro. Se você for analisar 10 mil itens de disco de vinil, que é o que seria o mais valioso da sala, um disco de vinil de qualidade hoje gira em torno de R$ 100, R$ 200". Vender qualquer um dos itens do acervo, obviamente, está fora de cogitação. Fã de rock do jeito que é, Frederico só quer, sempre, um objeto a mais para entrar na coleção. Coleção de milhões: o produtor cultural Frederico Batista, de Ribeirão Preto (SP), tem mais de 10 mil vinis Aninha Ramos/Arquivo pessoal Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região
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https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2024/07/13/bob-dylan-janis-joplin-suzi-quatro-e-nina-simone-produtor-cultural-de-ribeirao-preto-da-a-caes-nomes-de-idolos-do-rock.ghtml
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