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Car-T Cell: primeiro voluntário de estudo clínico recebe terapia contra câncer no sangue


Aplicação de tratamento inovador ocorreu no Hemocentro de Ribeirão Preto (SP) na última semana. Expectativa é de que fase inicial da pesquisa termine em setembro. Car-T Cell: linfócitos retirados do paciente e modificados em laboratório voltam à corrente sanguínea e combatem células cancerígenas Arte/TV Globo O primeiro voluntário do estudo clínico Car-T Cell recebeu na última semana o tratamento inovador que combate o câncer no sangue. A aplicação da terapia ocorreu no Hemocentro de Ribeirão Preto (SP), que fica no campus da USP. ✅ Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp 🏥 Nesta primeira etapa do estudo, quatro pacientes voluntários receberão o tratamento em Ribeirão. Eles começaram a ser recrutados entre o final de março e início de abril deste ano, e passam por exames antes de receberem a terapia, como explica o médico Diego Clé, um dos responsáveis pela pesquisa. "Tem uma série de procedimentos que a gente tem de fazer antes do tratamento. Tem de repetir todos os exames, biópsias, ressonâncias, uma série de coisas que levam um pouco mais de um mês. A produção das células tem demorado de 30 a 40 dias, então dá esses dois meses desde que o paciente foi incluído em abril." ▶️ Segundo Clé, os outros três pacientes desta fase devem receber a infusão de sangue nas próximas semanas. A expectativa é de que a etapa termine entre o final de setembro e início de outubro de 2024. "Tratamos o primeiro, agora ele vai ficar nessa fase de observação. As células do segundo estão quase prontas, devem estar saindo nesta semana. Depois que ficarem prontas, tem o período de saírem os exames de cultura para a gente poder liberar essas células para uso. Essa paciente deve internar daqui a umas duas semanas para fazer a infusão. A terceira daqui a umas duas semanas também. E a do quarto paciente vão ser produzidas as células ainda." ⏭️ Depois disso, os dados dos testes serão encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Se a análise da segurança e eficácia for positiva, o estudo receberá liberação para aplicar a terapia em mais 77 pacientes. 🩸 Ao todo, 81 pessoas serão selecionadas para participar da iniciativa em cinco instituições de saúde: Hospital das Clínicas, Beneficência Portuguesa e Sírio Libanês, ambos em São Paulo (SP), Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e Hospital de Clínicas de Campinas (SP). 📝 O grupo de pesquisa busca o registro da terapia na Anvisa até 2025 para que ela seja incorporada ao SUS. Verdades e Mentiras: tire dúvidas sobre CAR-T Cell, técnica para curar o câncer LEIA TAMBÉM Ministra da Saúde diz que terapia contra câncer no sangue será tratamento revolucionário para população Células de defesa 'treinadas' O tratamento com o Car-T cell envolve a retirada de glóbulos brancos, que são as células de defesa do organismo do paciente, por meio da coleta de sangue pela veia. Conhecidos como linfócitos, eles são reprogramados geneticamente em laboratório para reconhecer e combater as células cancerígenas, no caso a leucemia linfoide aguda de células B e o linfoma não Hodgkin de células B. De acordo com Rodrigo Calado, professor de medicina da USP e diretor-presidente do Hemocentro em Ribeirão Preto, as células são manipuladas e expandidas em laboratório e devolvidas à corrente sanguínea do paciente. “Essa modificação genética é bastante sofisticada e complexa, mas uma vez que essas células voltam para o sangue do paciente, circulando no organismo, elas vão identificar a célula do câncer e matar essa célula. É um mecanismo de ensino dessas células do sistema imunológico para reconhecer especificamente essas células do câncer”, afirma. Desde 2019, 20 pacientes que não responderam bem aos tratamentos convencionais receberam a terapia com as células de forma experimental e limitada. De acordo com os médicos, 14 deles continuam bem. Exame de paciente mostra antes e depois da aplicação da terapia CAR-T Cell Divulgação Quem pode ser voluntário Pessoas com idade de três a 70 anos que não responderam bem aos tratamentos convencionais para as doenças, como quimioterapia, transplante de medula óssea e radioterapia, são elegíveis. A triagem é feita exclusivamente por meio do médico do paciente. O profissional deve entrar em contato pelo e-mail terapia@hemocentro.fmrp.usp.br, e a documentação anexada será analisada pelas equipes participantes da pesquisa. Os testes clínicos devem durar um ano, mas todos os pacientes serão acompanhados pelos próximos cinco anos. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

source https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2024/07/08/car-t-cell-primeiro-voluntario-de-estudo-clinico-recebe-terapia-contra-cancer-no-sangue.ghtml

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