Promotoria protocolou alegações finais do processo contra réus pela morte do engenheiro no fim de 2023. Crime deve ser julgado pela 3ª Vara Criminal. Crime Beto Braga: MP protocola alegações finais e pede 30 anos de cadeia para réus O Ministério Público solicitou pena máxima de prisão em regime fechado para os acusados pela morte do engenheiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, de 34 anos, em Ribeirão Preto (SP), no final de 2023. A vítima, que morava nos EUA, foi encontrada morta em um apartamento na zona oeste da cidade depois de passar as festas de fim de ano com a família no Brasil. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O pedido, que representa o cumprimento 30 anos de prisão, caso seja aceito pela Justiça, foi apresentado pela Promotoria nas alegações finais do processo que tramita contra Gabriel Sousa Brito e Marcelo Fernandes da Fonseca, que respondem por latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Além deles, também constam como réus no processo mais três pessoas, acusadas por receptação de objetos da vítima. Da esquerda para a direita: o suspeito Marcelo Fernandes da Fonseca, a vítima Beto Braga e o suspeito Gabriel de Souza Brito Reprodução/EPTV "Quanto aos autores do latrocínio, Gabriel e Marcelo, pedimos a elevação da pena base face a gravidade da conduta do crime, as consequências que revoltaram familiares e a população geral da cidade. A conduta nefasta com regime fechado para início do cumprimento da pena e até vedação do recurso em liberdade. Também pedimos a imposição do regime fechado para os três autores da receptação dolosa dos bens subtraídos da vítima após a sua morte", disse o promotor de Justiça José Carlos Galucci Thome. Os advogados dos acusados têm cinco dias para protocolar as defesas no âmbito do processo. Procurados, os advogados de Gabriel e Marcelo disseram que ainda não tinham sido intimados para apresentar as alegações finais, mas que vão sustentar que o caso deve ser julgado como homicídio e ser remetido ao Tribunal do Júri, por entenderem que não houve roubo. Beto Braga foi encontrado morto em apartamento na zona Norte de Ribeirão Preto, SP Arquivo pessoal Depois das alegações finais, a expectativa é de que o caso seja levado para o parecer final do juiz da 3ª Vara Criminal de Ribeirão Preto. "Latrocínio é um crime que não é submetido a julgamento pelo tribunal do júri e sim pelo juiz comum. O processo será julgado pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Ribeirão Preto e a pretensão do Ministério Público é de que a pena, que o Código Penal diz que será fixada entre 20 e 30 anos de reclusão e multa, seja fixada perto do máximo legal, ou seja, 30 anos de reclusão para cada um dos acusados", disse o promotor. Crime aconteceu no fim de 2023 Beto tinha 34 anos e vivia em San Diego, nos Estados Unidos. Em dezembro, ele viajou até Ribeirão Preto para passar as festas de fim de ano com a família. Na noite de 28, três dias antes do Réveillon, saiu da casa dos pais, no bairro Santa Cruz, zona Sul da cidade, dizendo que ia encontrar os amigos. No dia seguinte, a irmã dele, que também mora nos EUA, recebeu uma mensagem de um desconhecido dizendo que havia encontrado o celular do engenheiro. LEIA TAMBÉM Caso Beto Braga: após divergência entre promotores, Procuradoria diz que engenheiro foi vítima de latrocínio Mãe de estudante constrangido em sala de aula por professora em SP diz que educação precisa ter suporte Ladrão sai de bueiro, atira em casal e fere mulher na entrada de sítio em Pirangi Vendedor que matou a mulher e fugiu com o filho em Ribeirão Preto é condenado a 36 anos de prisão Ela avisou a mãe em Ribeirão Preto, que procurou a Polícia Civil para registrar o desaparecimento do filho. Orientada e acompanhada pelos agentes, a mãe marcou um encontro em um shopping para recuperar o telefone, mas a pessoa não apareceu. À esquerda, foto enviada por Beto Braga a amigo antes de ser achado morto; à direita, foto feita pela Polícia Civil no apartamento onde engenheiro foi localizado Ribeirão Preto, SP Polícia Civil O corpo de Beto foi encontrado na noite de 30 de dezembro, após um motorista de aplicativo, identificado como sendo o profissional que pegou o engenheiro na porta de casa, levar a polícia a um apartamento próximo à Avenida do Café, onde testemunhas disseram que o local era alugado por garotas e garotos de programa. O corpo de Beto foi achado com os pés amarrados e sinais de violência no pescoço e estava em avançado estado de decomposição. As investigações chegaram aos garotos de programa Gabriel Sousa Brito e Marcelo Fernandes Fonseca como autores do roubo do celular e do assassinato. Em março, eles tiveram as prisões preventivas decretadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O laudo do IML apontou que Beto foi morto por estrangulamento. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região
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https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2024/09/17/mp-pede-pena-maxima-para-acusados-de-matar-engenheiro-beto-braga-em-ribeirao-preto-conduta-nefasta.ghtml
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