
Santa Casa de Ribeirão Preto é condenada por mandar corpo errado para velório A Justiça condenou a Santa Casa de Ribeirão Preto (SP) a indenizar familiares de uma mulher velada por engano devido a um erro de comunicação de morte no fim de novembro do ano passado. Ainda cabe recurso em segunda instância. Em decisão expedida na segunda-feira (28), a juíza Rebeca Mendes Batista, da 10ª Vara Cível, estabeleceu o pagamento total de R$ 90 mil para filhos e viúvo de Neide Rossi Benzi, de 73 anos, que foram avisados sobre a morte dela, mesmo quando ela ainda estava internada. Por conta do erro, os familiares providenciaram o velório, mas a mulher que havia falecido era Neide Basso, de 81 anos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias de Ribeirão e região em tempo real e de graça "O erro na identificação e comunicação do óbito constitui flagrante falha na prestação do serviço hospitalar, que tem o dever de manter controle rigoroso sobre a identificação de seus pacientes", expediu a magistrada. Neide Rossi Benzi também morreu, mas em 4 de dezembro, depois de permanecer por ao menos dois dias no hospital sem contato com familiares. Procurada, a Santa Casa de Ribeirão Preto informou que vai consultar seu departamento jurídico para tomar providências com relação à decisão. À esquerda, Neide Basso de Oliveira, que morreu; à direita, Neide Rossi Benzi, que está viva Reprodução/EPTV Pacientes com mesmo nome e erro de comunicação No fim de 2024, Neide Basso de Oliveira, de 81 anos, e Neide Rossi Benzi, de 73 anos, estavam internadas na Santa Casa de Ribeirão Preto. Neide Basso morreu no dia 30 de novembro, mas o hospital informou a morte para a família da Neide Rossi. LEIA TAMBÉM Erro de hospital faz família descobrir morte de idosa quando corpo já era velado por desconhecidos Família é informada de morte de idosa e descobre no velório que ela estava viva, no interior de SP; entenda Morre no interior de SP idosa dada como morta e 'velada' por engano dias antes enquanto estava viva A confusão foi descoberta no velório, realizado em 1º de dezembro, em Cravinhos (SP), onde parentes de Neide Rossi e que ainda seguia internada em Ribeirão Preto, velavam, por engano, o corpo de Neide Basso. Durante a cerimônia, eles perceberam que a idosa que estava no caixão não era Neide Rossi. Já os familiares de Neide Basso só foram saber que a mulher havia morrido quando chegaram ao hospital para visitá-la, também no dia 1º, cerca de 24 horas depois da morte, segundo o irmão dela, o jornalista Daniel Basso. Hospital citou 'erro compreensível' e Justiça não aceitou Na decisão, a juíza negou o argumento apresentado pela Santa Casa de que o erro seria "compreensível" devido à coincidência de nomes e à idade das pacientes. "O hospital tem protocolos específicos para evitar tais equívocos, devendo responder objetivamente pela falha em sua aplicação", expediu. Além disso, a magistrada citou negligência do hospital na troca de cadáveres e que isso é motivo de indenização por danos morais. Santa Casa de Ribeirão Preto, SP Cacá Trovó/EPTV "Agrava a situação o fato de que a sra. Neide Rossi Benzi permaneceu dois dias sem receber visitas familiares, privada do apoio e carinho de seus entes queridos em seus últimos momentos de vida, por conta do erro hospitalar." Com base nisso, ela estabeleceu um total de R$ 90 mil, divididos em R$ 30 mil para cada um dos dois filhos e o viúvo. Além disso, determinou que a Santa Casa arque com as despesas do velório realizado por engano no fim de novembro, que custou em torno de R$ 1 mil. "Tais despesas constituem danos emergentes diretamente decorrentes do erro hospitalar, devendo ser integralmente ressarcidos." Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

Santa Casa de Ribeirão Preto é condenada por mandar corpo errado para velório A Justiça condenou a Santa Casa de Ribeirão Preto (SP) a indenizar familiares de uma mulher velada por engano devido a um erro de comunicação de morte no fim de novembro do ano passado. Ainda cabe recurso em segunda instância. Em decisão expedida na segunda-feira (28), a juíza Rebeca Mendes Batista, da 10ª Vara Cível, estabeleceu o pagamento total de R$ 90 mil para filhos e viúvo de Neide Rossi Benzi, de 73 anos, que foram avisados sobre a morte dela, mesmo quando ela ainda estava internada. Por conta do erro, os familiares providenciaram o velório, mas a mulher que havia falecido era Neide Basso, de 81 anos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias de Ribeirão e região em tempo real e de graça "O erro na identificação e comunicação do óbito constitui flagrante falha na prestação do serviço hospitalar, que tem o dever de manter controle rigoroso sobre a identificação de seus pacientes", expediu a magistrada. Neide Rossi Benzi também morreu, mas em 4 de dezembro, depois de permanecer por ao menos dois dias no hospital sem contato com familiares. Procurada, a Santa Casa de Ribeirão Preto informou que vai consultar seu departamento jurídico para tomar providências com relação à decisão. À esquerda, Neide Basso de Oliveira, que morreu; à direita, Neide Rossi Benzi, que está viva Reprodução/EPTV Pacientes com mesmo nome e erro de comunicação No fim de 2024, Neide Basso de Oliveira, de 81 anos, e Neide Rossi Benzi, de 73 anos, estavam internadas na Santa Casa de Ribeirão Preto. Neide Basso morreu no dia 30 de novembro, mas o hospital informou a morte para a família da Neide Rossi. LEIA TAMBÉM Erro de hospital faz família descobrir morte de idosa quando corpo já era velado por desconhecidos Família é informada de morte de idosa e descobre no velório que ela estava viva, no interior de SP; entenda Morre no interior de SP idosa dada como morta e 'velada' por engano dias antes enquanto estava viva A confusão foi descoberta no velório, realizado em 1º de dezembro, em Cravinhos (SP), onde parentes de Neide Rossi e que ainda seguia internada em Ribeirão Preto, velavam, por engano, o corpo de Neide Basso. Durante a cerimônia, eles perceberam que a idosa que estava no caixão não era Neide Rossi. Já os familiares de Neide Basso só foram saber que a mulher havia morrido quando chegaram ao hospital para visitá-la, também no dia 1º, cerca de 24 horas depois da morte, segundo o irmão dela, o jornalista Daniel Basso. Hospital citou 'erro compreensível' e Justiça não aceitou Na decisão, a juíza negou o argumento apresentado pela Santa Casa de que o erro seria "compreensível" devido à coincidência de nomes e à idade das pacientes. "O hospital tem protocolos específicos para evitar tais equívocos, devendo responder objetivamente pela falha em sua aplicação", expediu. Além disso, a magistrada citou negligência do hospital na troca de cadáveres e que isso é motivo de indenização por danos morais. Santa Casa de Ribeirão Preto, SP Cacá Trovó/EPTV "Agrava a situação o fato de que a sra. Neide Rossi Benzi permaneceu dois dias sem receber visitas familiares, privada do apoio e carinho de seus entes queridos em seus últimos momentos de vida, por conta do erro hospitalar." Com base nisso, ela estabeleceu um total de R$ 90 mil, divididos em R$ 30 mil para cada um dos dois filhos e o viúvo. Além disso, determinou que a Santa Casa arque com as despesas do velório realizado por engano no fim de novembro, que custou em torno de R$ 1 mil. "Tais despesas constituem danos emergentes diretamente decorrentes do erro hospitalar, devendo ser integralmente ressarcidos." Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região