Suellen Preda da Silva foi apontada como mandante do crime contra Carlos Henrique Miras, em 2023, em Franca. Ela chegou a obter prisão domiciliar, mas perdeu benefício. O químico Carlos Henrique Miras foi encontrado morto dentro do carro após ser esfaqueado em Franca, SP Reprodução/ Arquivo EP A Justiça condenou a 20 anos de prisão quatro pessoas acusadas por um roubo que terminou na morte do químico Carlos Henrique Miras, de 45 anos, em Franca (SP), em abril de 2023. Entre os condenados, pelo crime de latrocínio, estão Suellen Preda da Silva, de 32 anos, namorada da vítima e acusada de ser a mandante do crime. Também foram sentenciados Vanessa Fernandes Silva, amiga de Suellen e apontada pelas investigações como responsável por ter planejado o roubo, Adren Henrique Cruz e Silva, namorado de Vanessa, e Mateus Alex Rodrigues, acusados de participação no assalto. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp A determinação, expedida em maio, é que os réus, que já se encontram presos, cumpram a pena em regime inicial fechado. Suellen chegou a obter o direito à prisão domiciliar por ter filhos pequenos, mas perdeu o benefício em nova decisão após um recurso do Ministério Público. A defesa de Suellen informou que vai entrar com um novo recurso para reaver a prisão domiciliar. A defesa de Vanessa e Mateus também confirmou que vai apelar, mas contra a condenação, alegando inocência dos réus (veja mais abaixo). O g1 também entrou em contato, mas não obteve um posicionamento do advogado de Mateus Alex Rodrigues. Veja a reportagem exibida pelo EPTV1 sobre o crime em abril de 2023 Químico é morto a facadas dentro de carro em Franca, SP Morto a facadas Miras foi encontrado morto dentro do carro dele com oito perfurações na noite do dia 4 de abril, às margens da Avenida Presidente Vargas, no Jardim do Éden. Segundo informações do boletim de ocorrência registrado na época, o químico dirigia em direção ao Centro, quando perdeu o controle ao ser esfaqueado. Ele atingiu árvores em um terreno próximo ao Hospital do Coração. Vídeo mostra momento em que carro de químico de 45 anos atinge árvores de terreno na Avenida Presidente Vargas em Franca, SP Reprodução/EPTV Imagens de uma câmera de segurança mostram que o crime ocorreu por volta das 23h45. Segundo a Polícia Militar, o veículo estava em alta velocidade no momento da batida. Além de cartões, celular e dinheiro, também foi encontrada uma faca no banco do passageiro. O caso chegou a ser registrado como homicídio, uma vez que os pertences da vítima não tinham sido levados, mas, com o andamento das investigações, o caso passou a ser tratado como um latrocínio. LEIA TAMBÉM Polícia prende suspeita de planejar assalto que terminou com a morte de químico a facadas Químico é encontrado morto a facadas dentro de carro após colisão em Franca Presos suspeitos de matar químico a facadas em Franca O inquérito apontou que Suellen e uma amiga planejaram o assalto em um motel da cidade, mas, como o químico reagiu, foi morto a facadas. A Justiça ainda contou com uma delação da namorada, que confirmou participação no crime. Segundo as investigações, além de Suellen e da amiga, mais três homens participaram do latrocínio, dois deles presos e identificados - Adren e Mateus - e um não identificado. Carro onde químico foi esfaqueado em Franca, SP, em abril de 2023 Reprodução/Arquivo EP O que dizem as defesas dos acusados Suellen Preda da Silva A defesa repudiou a decisão que revogou a prisão domiciliar e informou que vai recorrer, informando que Suellen é mãe de dois filhos menores e ré primária, o que preenche os requisitos para o benefício. "Ressaltamos que a prisão carcerária deve ser o último recurso pelo Estado e não a regra como vem sendo rotineiramente feito", disse, em nota, o advogado Rafael Aparecido da Silva Anastácio. Vanessa Fernandes Silva e Adren Henrique Cruz e Silva O advogado Paulo Sérgio Severiano informou que vai entrar com uma apelação pela inocência dos acusados, alegada desde o início das investigações. Segundo ele, durante todo o inquérito os réus permaneceram à disposição da Justiça, mesmo quando ainda não sabiam do teor das investigações, e se apresentaram espontaneamente à Polícia Civil para o cumprimento da prisão preventiva. Severiano também argumentou que a indicação de envolvimento de seus clientes no crime somente veio por uma delação de Suellen, quando esta confirmou participação na morte do químico. "Sendo certo que dos autos se verificou que nenhuma das suas versões restou comprovada para incriminar os Apelantes foi comprovada, no que a condenação de Adren e Vanessa foi baseada apenas a afirmação da corréu Suelen, sem qualquer prova que desse legitimidade a condenação." Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
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https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2024/06/05/justica-condena-namorada-e-mais-3-reus-a-20-anos-de-prisao-por-roubo-com-morte-de-quimico-a-facadas-em-sp.ghtml
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